Urban Systems: Informação estratégica para o desenvolvimento de negócios imobiliários

Gabriela Souza / 13 de junho de 2022

Com mais de duas décadas de atuação e projetos em mais de 800 cidades, a Urban Systems é referência em inteligência de mercado e consultoria de negócios. Com clientes em diversos segmentos da economia e atuação em múltiplas escalas, a empresa desenvolveu uma metodologia própria para ajudar os empreendedores a dimensionar os riscos do negócio e projetar receitas com base em estudo de demanda. 

Conheça mais sobre o trabalho da empresa, que integra a Rede Construção Digital, Industrializada e Sustentável (RCDI+S), nesse bate-papo com seu diretor, Paulo Takito.

Paulo Takito, Diretor da Urben Systems

Você poderia comentar a jornada e o propósito da Urban Systems?

Começamos com foco no segmento imobiliário há 22 anos com a proposta de oferecer inteligência de mercado. Juntamos ferramentas de pesquisa qualitativas, quantitativas, de análise urbana e de geo marketing para compor a solução Urban. O nosso objetivo é oferecer uma visão geral do ponto de vista da demanda, da oferta e da análise da estrutura das cidades. 

Como o trabalho com inteligência de mercado funciona na prática?

A partir do tratamento dos dados coletados em diferentes fontes, conseguimos saber quais são as oportunidades para os incorporadores. Temos clientes na área de varejo, serviço, educação e saúde, com os quais aprendemos bastante ao longo dos anos. Hoje conseguimos dizer quais são os ingredientes que formam um bom produto imobiliário nesses segmentos. Entregamos informação estratégica para ajudar a dimensionar os negócios.

Qual é a diferença entre pesquisa e inteligência de mercado?

Ainda há muita confusão sobre esses conceitos. A pesquisa traz informação e pode ser quantitativa ou qualitativa. Trata-se de uma ferramenta que traz dados e informação. A inteligência está na capacidade de cruzar diferentes tipos de informação para chegar em uma resposta que seja realmente relevante para o negócio. Em muitas empresas, a estrutura de governança exige que as decisões sejam respaldadas por informação. Ainda assim há um espaço enorme para que a inteligência de mercado embase os investimentos.

“A inteligência está na capacidade de cruzar diferentes tipos de informação para chegar em uma resposta que seja realmente relevante para o negócio”.

Como o desenvolvimento tecnológico tem provocado transformações no modo de atuar e nas soluções oferecidas pela Urban Systems?

Sempre olhamos para as tecnologias como ferramentas, e não como fim. A tecnologia digital certamente facilita o nosso trabalho. Afinal, temos acesso a mais dados e informações com o famoso bigdata. Por outro lado, cria essa confusão sobre dado e informação. Há quem pense que basta capturar os dados no Google. Os dados são apenas uma etapa para se obter informação. O diferencial está em como analisá-los e cruzá-los.

Hoje a Urban Systems atua não apenas na escala dos empreendimentos imobiliários, como também na escala urbana. Como isso aconteceu?

Nascemos focando trabalhar com os incorporadores de São Paulo. Com o passar do tempo, expandimos nossa atuação para novos mercados e localidades. Atuamos em projetos de edifícios comerciais, loteamentos, redes de varejo, shoppings, outlets, hospitais, faculdades, galpões logisticos, indústrias, etc, por todo Brasil.  Neste caminho aprendemos a dimensionar projetos para todo tipo de negócio e entramos também em projetos de infraestrutura como aeroportos, portos, metrô, trem, parques, utilizando conceitos de Smart Cities e desenvolvimento urbano integrado com LVC (land value capture), TOD (transport oriented development), Aerotrópolis. Essa bagagem nos permitiu desenvolver uma metodologia apoiada no entendimento da lógica urbana e soluções para empreendimentos urbanos, como bairros planejados, e também para o planejamento de cidades com visão de longo prazo.

Você poderia citar alguns trabalhos emblemáticos?

Para o Parque Urbano da Orla do Rio Guaíba, em Porto Alegre, trabalhamos o dimensionamento de demanda e de receita. Assim como para os aeroportos de Porto Alegre e Fortaleza. Outros cases interessantes foram o Biotic, em Brasília, o Viva Parque, em Porto Belo, SC, e o Cidade Center Norte, em São Paulo. Para o Moinho Recife, projeto de revitalização de uma área central da capital pernambucana, fizemos um estudo de potencial de mercado para desenvolvimento de um empreendimento imobiliário com múltiplas tipologias, além de avaliação de risco de demanda e qualificação dos produtos a serem desenvolvidos.

Projeto Parque Urbano da Orla do Rio Guaíba. Imagem fonte: archdaily.com

Como começou o trabalho com as smart cities?

Em 2014, começamos a analisar o que eram as cidades inteligentes e, no ano seguinte, criamos o ranking Smart Cities Brasil, lançado anualmente. Fomos da escala micro, analisando o potencial do lote, para olhar planos para cidades inteiras. Nosso foco tem sido desenvolver soluções visando o desenvolvimento de planos de longo prazo. Até porque não se faz uma cidade inteligente em ciclos de quatro anos. Para Cascavel, PR, por exemplo, tivemos uma experiência interessante. Fomos contratados por um grupo de empresários interessados em gerar um debate público sobre o desenvolvimento urbano, com base em uma análise técnica e inteligente. 

“Fomos da escala micro, analisando o potencial do lote, para olhar planos para cidades inteiras. Nosso foco tem sido desenvolver soluções visando o desenvolvimento de planos de longo prazo”.

A Urban Systems é uma das empresas que integram a Rede Construção Digital, Industrializada e Sustentável (RCDI+S). Como tem sido essa experiência?

A Rede oferece maior exposição à marca Urban Systems, além de nos colocar em contato com uma ampla diversidade de pessoas e empresas. Ao mesmo tempo, ter a nossa equipe participando dos debates promovidos pela Rede, ajuda a trazer informação nova para dentro de casa. A Rede possibilita à Urban ser mais inovadora.

ator Gabriela Souza

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