Promoção de impactos positivos no entorno marcam o desenvolvimento de mega complexo paulistano

Gabriela Souza / 16 de novembro de 2022

Com volume geral de vendas de 12 bilhões de reais, o Parque Global é, atualmente, o maior projeto imobiliário em desenvolvimento na América Latina. Em implantação em um grande vazio urbano de 218 mil m² no eixo da Marginal do Rio Pinheiros, zona sul de São Paulo, o empreendimento é composto por cinco torres residenciais com 47 pavimentos cada. Ele inclui, também, um shopping com 60 mil m² de área bruta locável, e um complexo de inovação, saúde e educação que contará com hospital, universidade, hotel e uma torre long stay.

Um complexo de tamanhas proporções gera impactos ambientais e sociais importantes na cidade. Por isso, uma das prioridades foi desenvolver um projeto que tivesse uma interação saudável com o entorno, conforme contaram André de Marchi, diretor-geral do Parque Global, e Ana Paula Domingues da Costa, gerente de meio ambiente da Benx. A dupla participou do episódio 17 da série Diálogos com a Construção, comandada por Bob de Souza, CEO do CTE.

Ao longo do bate-papo, eles apresentaram diversas estratégias incorporadas ao Parque Global visando a promoção de impactos positivos nas redondezas. Um dos focos do masterplan foi estabelecer conexões com o restante da cidade e em maximizar o verde. 

“Além de contar com um projeto de paisagismo baseado no resgate de espécies nativas da Mata Atlântica, o Parque Global funcionará como um pulmão verde para a região, com mais de três mil árvores plantadas”, revelou Ana Paula Costa.

Faz parte dessa ampla área natural o parque linear Bruno Covas, que passa à frente do Parque Global e se estende na margem oeste do rio em uma área de 17 km de extensão divididos em dois trechos. “O parque foi criado com o intuito de oferecer à cidade 1 milhão de metros quadrados que estavam subutilizados, permitindo aos usuários ter um contato mais próximo com o rio”, disse Costa. Tanto a implantação, quanto a gestão do parque estão sendo realizados por um consórcio de empresas, entre as quais se inclui o Parque Global.

Certificações de sustentabilidade e tecnologias digitais

Segundo André de Marchi, todas as ações de negócio tomadas no Parque Global são baseadas em cinco pilares: performance ambiental, garantia de melhor experiência ao usuário, impacto positivo na sociedade, resiliência climática e gestão com excelência.

Esses princípios levaram os empreendedores a iniciar uma jornada para atestar suas práticas ambientais ainda em 2011, com a elaboração de um compromisso com a sustentabilidade. Em 2014, o empreendimento obteve a certificação Aqua-HQE para as torres residenciais. 

Depois disso, o Parque Global foi paralisado por embargos ambientais. “Em 2019, com a retomada do projeto, optamos por um selo complementar alinhado às novas exigências dos usuários por conforto e bem-estar. Isso nos levou ao processo Fitwel, que coloca ênfase no indivíduo que irá ocupar o espaço construído”, disse a gerente de meio ambiente da Benx. Os demais empreendimentos — hotel, hospital, shopping, universidade — serão certificados com o LEED.

Também faz parte do plano certificar o bairro em desenvolvimento,  concebido em alinhamento com o conceito de smart cities, priorizando eficiência, conexão, sustentabilidade e inovações tecnológicas. “Estamos embarcando tecnologias IoT (Internet das Coisas) para gerir remotamente o que for possível. Também estamos criando um super app que vai abarcar todos os equipamentos, permitindo desde ao condômino residencial reservar uma área comum ou pagar um boleto, até o usuário do shopping comprar ingresso para o cinema ou fazer reserva em um restaurante”, disse Marchi.

As obras no Parque Global estão sendo acompanhadas de monitoramento rigoroso, segundo Costa. O trabalho inclui controle de avifauna, de emissões atmosféricas e de impactos na vizinhança, entre outras análises, seja para obtenção das certificações ambientais, seja para atendimento de exigências de órgãos reguladores. “Um desafio, nesse sentido, tem sido conseguir fornecedores capazes de prover toda a documentação de que precisamos para comprovar a origem dos materiais. Mas, de modo geral, notamos um engajamento grande dos nossos parceiros para atender essas exigências”, comentou Costa.

Durante a conversa com Bob de Souza, Ana Paula Costa e André de Marchi revelaram outros detalhes interessantes sobre o desenvolvimento desse megaempreendimento paulistano. Se você não pode assistir ao vivo o episódio, não deixe de conferir a gravação do encontro clicando aqui!

ator Gabriela Souza

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