Resumo do texto
- Uma cidade inteligente é aquela que reúne diversos dados produzidos por sistemas tecnológicos que proporcionam melhoria em diversos segmentos urbanísticos e humano;
- Esse processo é importante pensando no aumento populacional nos centros urbanos dentro de alguns anos;
- Os principais pontos de cidades inteligentes é melhorar a qualidade de vida das pessoas por meio de mudanças nas cidades que, por exemplo, desafogue o trânsito e ganhe sustentabilidade;
- Em um levantamento feito no Brasil em 2019, Campinas aparece como a cidade mais inteligente.
O futuro das construções será inteligente. Quem é que nunca ouviu isso por aí? Imagina então criar uma cidade inteiramente inteligente, onde o foco principal está em garantir a qualidade de vida da população em grandes centros urbanos, essa é preocupação das smart cities, ou cidades inteligentes.
O conceito ainda é incerto, alguns acreditam que cidades inteligentes são aquelas com tecnologia de informação e que podem agregar em experiência de vida para pessoas, enquanto outros defendem que é mais um modismo e que isso poderia interferir na vida da população.
O certo é que devemos ver cada vez mais pessoas nos grandes centros. De acordo com o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (UN Desa), em 2018, a população mundial que vive nas cidades é de 55% (4,2 bilhões de pessoas). A estimativa é que até 2050, mais de 2,5 bilhões de pessoas sejam adicionadas as cidades.
Isso quer dizer que com um aumento tão expressivo da população, espera-se que as cidades sejam cada vez mais desenvolvidas para melhorar pontos estratégicos que vão desde a mobilidade até a própria saúde do cidadão, sem esquecer também da sustentabilidade, já que com o aumento populacional, as cidades são “obrigadas” a pensar a melhor destinação de resíduos.
O que é uma cidade inteligente ou Smart City
O termo ‘smart city’ teria surgido nos Estados Unidos por duas grandes empresas do setor da tecnologia: IBM e CISCO, que tinham como proposta a digitalização das cidades como meio para correção dos seus problemas costumeiros.
Como dissemos no começo deste texto, não existe um único conceito sobre o termo, mas vamos tentar debater quais são as principais ideias e aplicações. Uma das ideias sobre smart cities é que a tecnologia seja aliada a participação das pessoas, já que essas são as que usufruem de toda infraestrutura urbana e a digitalização deve ser pensada no seu bem-estar, causando boas experiências.
Todos esses dados captados quase em tempo real é possível otimizar recursos para melhorar determinadas questões que estejam ligadas aos cidadãos.
Isso quer dizer que uma cidade inteligente tem controle da saúde das pessoas e as ajude quando algum problema for detectado, um trânsito mais inteligente e desafogue os principais centros com o uso de semáforos inteligentes e distribuição de tráfego, maior segurança em toda a cidade e controle por câmeras e a preocupação com o meio ambiente, com processos que sejam eficientes quanto ao descarte, destinação e reciclagem.
Por isso a contribuição da própria população é essencial para toda a funcionalidade, além da participação de universidades e empresas que ajudem na construção com base em planejamento – lembrando que o foco é o aumento da qualidade de vida nas cidades e otimizar a utilização de recursos.
Classificação de cidades inteligentes
É possível classificar as chamadas smart cities ou cidades inteligentes em dois sistemas de abordagem: bottom-up (de baixo para cima) ou top-down (de cima para baixo).
De baixo para cima: as cidades trabalham com dados de sensores instalados pela cidade, como câmeras e outras ferramentas de monitoramento. Esses dados são convertidos em informações que permitem gerenciar de forma eficiente os serviços na cidade.
Nessa classificação, as decisões são tomadas de acordo com as atitudes e o pensamento das pessoas.
De cima para baixo: Recria cidades do zero, toda a estrutura é montada para que a cidade seja genuinamente inteligente. Este, claro, é uma classificação bem mais difícil e cara, mas existe, como a cidade de Songdo, na Coreia do Sul.
Smart Cities no Brasil
O conceito de Smart City no Brasil ainda anda a passos curtos, seja pelo conhecimento que envolve governos, empresas e população ou mesmo pelo custo, já que não é barato investir em uma cidade inteligente e que esteja preocupada com as necessidades de seus moradores e o desenvolvimento urbano para o futuro.
A Connected Smart Cities em sua 5º edição (2019) do Ranking de cidades com maior potencial de crescimento no Brasil, elegeu as cidades mais inteligentes do Brasil depois de um estudo de diversos indicadores, confira as cinco primeiras:
1º lugar – Campinas – SP com a nota: 38,977
2º lugar – São Paulo – SP com a nota 38,505
3º lugar – Curitiba – PR com a nota 38,016
4º lugar – Brasília – DF com a nota 37,979
5º lugar – São Caetano do Sul – SP`com a nota 37,816
São 70 indicadores, que dentre eles estão: meio ambiente, urbanismo, educação e segurança, economia, tecnologia e inovação, empreendedorismo, governança e mobilidade.
Tornar cidades cada vez mais inteligentes é preciso, visto ao aumento da população nos centros urbanos, além disso é preciso pensar cada vez mais no bem estar das pessoas nas cidades e no meio ambiente, para que vivamos em melhor harmonia. Esperamos que pessoas, governos, empresas e universidades se empenhem em união para discutirmos o assunto e fazer com que o tema seja de fato conhecido e comece a ser um indicador importante de desenvolvimento.