O processo de digitalização da Sinco Engenharia

Gabriela Souza / 24 de outubro de 2019

Com vasta experiência em obras corporativas, residenciais, hoteleiras, industriais, shoppings centers e telecomunicações, a Sinco Engenharia é referência em seus mercados de atuação. Desde 1986, a empresa vem conseguindo crescer com solidez nos seus mercados de atuação, sempre em busca do melhor desempenho e inovação por meio de processos construtivos que visam menor impacto ambiental e maior qualidade de vida das pessoas. 

A empresa tem investido em tecnologia de construção de ponta, com destaque para a utilização da plataforma BIM (Building Information Modeling), que visa aumentar a produtividade, reduzir perdas, abreviar prazos, melhorar a assertividade dos orçamentos e qualidade do produto imobiliário. A Sinco acredita que essa mudança de paradigma seja o caminho para o desenvolvimento da construção civil no Brasil e utiliza dessa ferramenta desde 2011 com a criação do Departamento BIM. 

Desde então as conquistas vêm aumentando e hoje todas as obras são modeladas e acompanhadas com o auxílio do modelo. Ao projetar o Cantareira Norte Shopping na capital paulista, por exemplo, a empresa usou do início ao fim a metodologia BIM, o que trouxe inúmeras vantagens, como maximização da produtividade, redução de perdas, abreviação de prazos, controle dos orçamentos e garantia da qualidade do produto final. Não é à toa que a empresa conquistou o prêmio Boas Práticas na Aplicação de Recursos Tecnológicos com o case BIM – Antevendo problemas e suas interferências nas construções, em 2017. 

Nesta entrevista, Paulo Sanchez, CEO da Sinco, fala sobre o processo de transformação digital da empresa e como a utilização do BIM trouxe inúmeras vantagens para a companhia. 

Transformação digital e inovação são cruciais hoje para o setor da construção. Como tem sido o processo de digitalização da Sinco Engenharia?
Desde o início, há 33 anos, sempre atuamos para estar atualizados e implantar as mais modernas tecnologias em nossa empresa e nos canteiros. Isto ocorreu nos anos 1990, quando contratamos a Escola Politécnica da USP para desenvolver tecnologias de construção e também o CTE para desenvolver o nosso Programa de Qualidade ISO. Com o passar dos anos, neste mesmo espírito, a digitalização foi permeando a nossa empresa. De uns 15 anos pra cá, todos os nossos processos passaram a ser digitalizados.

Quais as principais inovações tecnológicas que a empresa utiliza hoje?
Nossa empresa é pioneira na utilização da ferramenta BIM. Desde 2011 todas as nossas obras são modeladas, planejadas, controladas e orçadas utilizando essa ferramenta. Já executamos 55 empreendimentos com uma área de aproximadamente 6 milhões de metros quadrados. Todas estas obras foram entregues dentro do prazo, com uma diminuição de custo na ordem de 3%.

Quais foram os principais ganhos e desafios ao trazer as novas tecnologias para o dia a dia da Sinco?
Utilizando a ferramenta BIM, todos os departamentos que têm relação com as obras se tornaram colaborativos. A transparência nas informações, a agilidade em resolver problemas, a fácil visualização do que iremos construir, proporciona uma maior assertividade dos nossos planejamentos e conseguimos entregar aos nossos clientes o que prometemos.

E como tem sido esse processo de transformação dentro da empresa em relação às pessoas, capacitação da equipe? Tem tido dificuldade de encontrar profissionais com habilidades necessárias para a transformação digital?
Como todas as nossas obras utilizam o BIM, este processo já permeia toda a nossa equipe. Os profissionais são treinados na própria empresa e em curto espaço de tempo já estão aptos a desenvolver o seu trabalho com essa ferramenta, por exemplo. Não existe obra da Sinco sem que a primeira etapa seja a modelagem e o planejamento em BIM, portanto isto já faz parte da nossa cultura.

A cada dia, o perfil do consumidor está mudando. Como a Sinco tem atuado para atender às necessidades e aos diversos perfis de clientes?
Como a Sinco é uma prestadora de serviços de construção para as grandes incorporadoras, a transparência nas informações, controle de custos, aderência ao cronograma de obras e cumprimento do prometido, são nossos grandes ativos para garantir a satisfação dos nossos clientes.

Na sua opinião, o que ainda falta para o setor da construção incorporar de vez as novas tecnologias?
Acredito que falta coragem para a cadeia produtiva da construção implementar as novas tecnologias que estão à disposição no nosso mercado. Nosso setor é muito conservador, ninguém gosta de ser pioneiro, tendo que investir antes para depois colher o resultado. Mas nos dias de hoje, investir nessas ferramentas é fundamental para a sobrevivência das empresas.

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ator Gabriela Souza

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