Assinaturas digitais e eletrônicas no mercado imobiliário

Gabriela Souza / 23 de março de 2021

Em busca por soluções tecnológicas que permitam desburocratizar processos, aumentar a segurança das transações e melhorar a satisfação dos clientes, o mercado imobiliário tem aderido fortemente às assinaturas eletrônicas na hora de firmar contratos. A ideia é substituir processos manuais e lentos, viabilizar a assinatura de documentos de modo remoto, sem prescindir da segurança e da confiabilidade. Outras vantagens associadas às assinaturas eletrônicas são a promoção de processos paperless, a melhoria da gestão de documentos e a liberação dos profissionais para focarem em atividades-fim. 

Empresas do mercado imobiliário como R. Yazbek, Cyrela, MRV, já colhem as vantagens de aderir às assinaturas digitais. No caso da franquia de vistorias imobiliárias, com o uso de uma plataforma de assinatura eletrônica, foi possível reduzir o tempo de assinatura de contratos de 15 para apenas um dia. 

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Assinatura eletrônica ou digital?

A assinatura eletrônica é um termo bastante amplo, que envolve todos os tipos de firma que usam os meios eletrônicos como validação. Exemplos dessa tecnologia são a assinatura mediante senha usada em operações bancárias e a assinatura digital. Essa última tem sua autenticidade atrelada ao certificado digital do signatário e, por isso mesmo, possui a mesma validade que a autenticação do cartório.  

A assinatura eletrônica simples comprova a identidade do assinante através de e-mail, logins, senhas ou PINs. Sua validade jurídica depende de confirmação e de acordo entre as partes assinantes.  

Enquanto isso, a assinatura digital emprega um par de chaves: a chave privada, composta por um conjunto de códigos criptografados de conhecimento exclusivo do subscritor, e a chave pública, derivada da anterior e usada para conferir a validade da assinatura. O processo é chancelado por uma autoridade certificadora licenciada pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação. 

Por apresentarem valor jurídico, as assinaturas digitais podem ser usadas no fechamento de contratos B2B ou B2C, acordos, matrículas, termos de aceite, etc. A assinatura digital também é adotada em casos de comunicação com a Receita Federal e para emissão de notas fiscais eletrônicas. 

Analisando sob o espectro da segurança, a assinatura digital tem grau máximo de autenticação, seguida pelas demais categorias de assinatura eletrônica até chegar à assinatura no papel, a mais vulnerável a falsificações.

Contribuições para a indústria da construção

Atualmente, um dos desafios a serem superados pelas empresas do mercado imobiliário é oferecer uma experiência melhor para os seus clientes que demandam agilidade e simplicidade em sua jornada. 

As assinaturas eletrônicas podem ajudar bastante nesse sentido, abreviando o ciclo de vendas das empresas. Elas também representam um passo importante em direção ao uso da blockchain (cadeia de dados, em português) pelas empresas do setor. Esse protocolo de tecnologias, muito associado às criptomoedas, consiste em um sistema de registro de informações baseado em técnicas criptográficas para agilizar transações complexas. 

Blockchains públicas ou privadas permitem que negociações, contratos e empréstimos sejam feitos diretamente entre as partes, sem intermediários, reduzindo o custo das operações. Além disso, contribuem para automatização de processos de trabalho e facilitam a relação contratual, assim como a validação e o registro de transações. 

Composto por 70 empresas líderes na cadeia da construção, a RCDI – Rede Construção Digital e Industrializada, tem se dedicado à geração e multiplicação de conhecimento sobre novas tecnologias para benefício do setor. Os contratos digitais e a blockchain são tema de um dos nossos Grupos de Trabalho iniciados em 2021. Continue nos seguindo nas redes sociais para saber mais sobre os resultados desses estudos.

ator Gabriela Souza

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